I
Ao romper de mais um dia
À roça o homem se lança.
Depois no canavial
Pra cortar cana ele avança.
E quando o sol tá se pondo,
Talhando pedra descansa.
II
Vi num galho de aroeira
Um casal de passarinho
Alegre, fazendo festa
Arrodeando o seu ninho
Porque estava nascendo
O seu mais novo filhinho.
III
Tinha um gato lá em casa,
Gordo que só um angorá.
Tô pra ver gato tão mole,
De ver catita, e arregar.
E a presa botando atrás
De quem a devia pegar.
IV
"Dê-me a sua bênção, papai"
Mas o PAPAI caducou;
"A sua bênção", inda formal,
Logo sem o SUA ficou;
"A bênção" com o A pra quê?
Só "bença" enfim que restou.
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